terça-feira, 27 de outubro de 2020

pescadores



são mil e uma as estrelas
na noite, junto ao mar.

partem nos barcos do cais
sem saberem das redes 
com que se cercam os ais.

na boca um credo antigo
e nos olhos um céu ferido
com eventuais temporais.

cruzam das salgadas mãos
um destino partilhado
como se fossem irmãos.

e, se a sorte os bafejar
regressam felizes ao lar.


8 comentários:

  1. tão lindo!
    uma homenagem aos pescadores.
    Adorei!
    beijinhos
    :)

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  2. Algumas vidas, tão significativas, não costumam ser referenciadas. Muito belo seu poema. Abraço.

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  3. Belíssimo poema, meu amigo! É... navegar é preciso!... Abraço cordial! Laerte.

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  4. Versos bonitos em homenagem aos homens que enfrentam as procelas pela sobrevivência.
    "e, se a sorte os bafejar
    regressam felizes ao lar."
    disse tudo.

    Boa noite e bom feriado
    Saudações amigo!.

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  5. Sou irmã de todos os pescadores. Choro por eles quando naufragam. Regozijo-me quando a faina corre bem.
    Tão belo, o teu poema, Luís.
    Uma boa semana com muita saúde.
    Um beijo.

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  6. Luís, gosto dos seus poemas, mas não sei se sou bem-vinda
    devido ao Novo Acordo Ortográfico.
    Um bom fim de semana.
    Saudações poéticas.
    ~~~~~

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    Respostas
    1. Com ou sem acordo, na língua de Camões, nos entenderemos. De Cervantes, também. Será sempre
      bem-vinda, Majo.
      Saudações e Saúde. Bom resto de ano.

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    2. Gostei de saber, Luís.
      Quanto ao NAO, ando muito preocupada, porque os brasileiros, além de retirarem
      o trema, parece que não se adaptam... Eu nunca escreveria o verbo haver sem h...
      Saúde e tudo pelo melhor.
      ~~~~~~~~~~

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