"Do vale à montanha,
Da montanha ao monte...[...]"
Fernando Pessoa
......
sei da riqueza
maior
em ser amado
e da árvore
em seu ninho
a sonhar sois
sei dos frutos
leite e mel
em desejos saciados
e quente pele
sei dos caminhos
pela noite
e dos carinhos
em planícies e sentidos
sei das serpentes
a guardarem
os seus ovos
e outros perigos aos meus olhos
sei das raízes
pastoreadas
doutros dias
e das memórias deste chão
sei das madrugadas
a cantar
outros tempos
como pássaro
a voar
a vida presa por um fio
até ao fim
ou começo
nas águas serenas deste rio.
Olá, Luís!
ResponderEliminarEspero e quero que se encontre bem de saúde e bem longe da Covid-19. Eu estou bem, segundo creio, e dando aulas com relativa normalidade.
Ser amado (a) é das maiores riquezas, penso eu. Evidente que há outras de outro género que nos tornam felizes e fazem os dias passarem mais depressa para ver se este tempo terrível se esvai.
Um belo poema, onde lembra o passado e até o presente. Gosto muito do esquema que dá à sua poesia.
Caminhemos, então, nos versos serenos deste seu belo poema.
Beijo e dias com saúde!
Um saber rico e precioso, que mostra vida. Muito belo! Abraço.
ResponderEliminar"sei das madrugadas
ResponderEliminara cantar
outros tempos
como pássaro
a voar
a vida presa por um fio". Também sei Luís e junto a minha voz à tua...
Cuidem-se bem.
Um beijo.
Gostei muito deste poema, Luís.
ResponderEliminarO Voo do pássaro, esta ânsia de voar como outrora...
Beijinhos
Como um canto primordial!...
ResponderEliminarUm poema plemo de sensibilidade e encanto.
Dias agradáveis, apesar de tanta coisa! Abraço amigo.
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Gosto muito da tua poética
ResponderEliminarenxuta de artifícios
ensopada de significâncias
O sei é
um caminho de aventura
Quanto mais sabes
mais sabes que não
e mais descobres
Terei eu razão?
Abraço.