Nem um poema nem um verso nem um canto...
Podem as pedras versar que todo o poema
é Beleza mesmo que não possam falar
E dos seus versos um há-de encantar que a liberdade foi construída nas prisões em dias frios de rachar
Podem os pássaros cantar que do seu canto algum há-de deste poeta falar
Nem um som nem um grito nem um ai....
Calem-se as vozes que meu canto traz os cheiros sabores e cores duma laranja amarga-doce na sede que me faz gritar
" -- O meu amigo está longe
e a distância é bastante. --"
Senhor água torrente sentimento gente
enxurrada quase demência sem margens
sem desistência
Flor vermelha um só cravo cravado
na lapela e coração Senhor azul num céu cinzento e das cinzas seu tormento
Senhor esquecido amargurado ferido e
tanta solidão festa que foi consigo...
Senhor aristocrática plebeia firmeza
bebedeira da vida leveza escrita purgada palavra pureza dorida noitadas de insónia desmedida
Porém quando quando por vezes és de pedra
não mármore mas árvore mas dura do fundo do teu mar levanta-se a
cratera
da nossa lusitana sepultura.
bebedeira da vida leveza escrita purgada palavra pureza dorida noitadas de insónia desmedida
Oh fel de infância família raiz apodrecida
da flor do corpo que me traz à míngua.
Tem toda a razão, mas nós, quem gosta da sua poesia, não o pode esquecer!
ResponderEliminarParabéns!
Um abraço.
É impossível esquecer o Poeta Ary dos Santos. Eu sei poemas dele de cor...
ResponderEliminarCuidem-se bem.
Uma boa semana.
Um beijo.